28 de setembro de 2016

Uso indevido do cartão de crédito após compra pela internet

Na semana passada, minha esposa fez sua primeira compra pela internet, no site da Staples Brasil. Eu acompanhei todo o processo; acessamos o site através da rede de casa, segura, usando um computador com as devidas proteções; a compra foi efetuada e ela recebeu todas as confirmações por e-mail.

Dois dias depois da compra, ela recebeu uma ligação da central de segurança da operadora do cartão de crédito, para validar duas tentativas de compra (uma compra de cerca de 4 reais e uma recarga de R$50 em celular da Claro); as duas compras eram fraudulentas e cartão precisou ser imediatamente cancelado.

Esta compra na Staples Brasil foi a primeira e única, através da internet ou telefone, usando este cartão de crédito.

Reportei o ocorrido para a Staples Brasil, através do twitter, e a resposta foi a padrão: que o site é seguro, que os dados são criptografados etc etc; nenhuma menção sobre avaliar o ocorrido para identificar qualquer possibilidade de falha no processo deles.

De que adianta o site ser seguro, os dados criptografados se alguém tiver acesso visual ao dados do cartão (falando hipoteticamente), incluindo o código de segurança? Essa pessoa, ou essas pessoas, estariam livres para usar o cartão da forma que quiserem.

Infelizmente a operadora do cartão de crédito não tem, ainda, a facilidade de gerar números de cartões virtuais para evitar este tipo de problema; enquanto isso, não faremos mais compras na Staples Brasil.

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22 de setembro de 2016

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Desbloquear um cartão do Banco Itaú em apenas 13 passos

  1. Minha esposa recebeu um novo cartão do Itaú, que precisa ser desbloqueado.
  2. Tentei desbloquear o cartão usando meu acesso ao Bankline, já que eu sou o titular da conta - não conseguí.
  3. Tentamos desbloquear em um caixa eletrônico, durante um final de semana, não conseguimos.
  4. A mensagem na tela pede para nos digirirmos a uma agência, para desbloquear o cartão junto a um dos caixas (pessoalmente).
  5. Os bancos estão em greve, não é possível ser atendido; mesmo que fosse, minha esposa não tem tempo de ir a um agência só para desbloquear um cartão.
  6. Tentamos fazer pela internet, mas antes é preciso cadastrar uma senha eletrônica.
  7. Cadastramos a senha.
  8. O processo exige a validação da senha em um caixa eletrônico.
  9. Agora conseguimos acessar o Bankline para desbloquear o cartão.
  10. O processo exige o envio de um código (token) para um celular via SMS.
  11. Cadastramos um celular para receber o token.
  12. O processo exige a liberação do celular em um caixa eletrônico.
  13. Conseguimos cadastrar o celular, para receber o token, para permitir o desbloqueio do cartão.

Em resumo, foram necessários cinco acessos à internet e três idas ao um caixa eletrônico só para conseguir desbloquear um cartão do Banco Itaú.

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6 de setembro de 2016

A informática na minha vida

Meu primeiro contato com o mundo da microinformática se deu quando eu cursava o colégio técnico, no início da década de 1980; fiquei maravilhado quando ví esta edição da Nova Eletrônica, uma das revistas para os aficcionados daquela época:

Quem poderia imaginar? Um computador só seu, que podia conectado a uma TV, para jogos e muitas outras aplicações; eu devorava a revista sonhando em ter um NE Z80, mas estava fora do meu alcance (financeiro). Na verdade, não sei se esse computador da Nova Eletrônica foi só "vaporware" ou se chegou a ser realmente comercializado, assim como seu sucessor, o NE Z8000:

Terminado o colégio, iniciei o estágio em uma empresa de aparelhos de medição, mas não deu muito certo e esta experiência durou apenas um mês. Surgiu então uma oportunidade imperdível: estagiar na Microdigital, que fabricava os microcomputadores TK80, similares ao NE Z80 da Nova Eletrônica e réplicas do Sinclair ZX80, que era produzido na Inglaterra.

Quando comecei na Microdigital, o modelo em produção era o TK82C:

Inicialmente eu fazia o controle de qualidade no final da linha de produção, mas logo depois fui transferido para o departamento de assistência técnica, onde atuei até sair da empresa; troquei muitos teclados de membrana e consertei muitas fontes de alimentação!

Ter acesso aos computadores era fantástico; me recordo de frequentemente ficar após o expediente digitando os programas em Basic que eram publicados na Nova Eletrônica, ansioso pelo resultado final, que podia ser um jogo ou algum programa de cálculo; quando o micro era desligado, perdia-se tudo, a menos que o programa fosse salvo em uma fita-cassete.

Depois do TK92C vieram o TK83, TK90, TK95, todos baseados no ZX Spectrum e os TK2000 e TK3000, inspirados no Apple II.

Deste TK95 eu não tenho muitas recordações, creio que não foi um sucesso de vendas como os demais modelos:

Este é um ZX Spectrum original; às vezes apareciam alguns na assistência técnica da Microdigital para fazer a conversão do sistema de vídeo:

Para quem se interessar, este é um interessante artigo sobre a história dos TKs e do ZX Spectrum.

O TK2000, apesar de inspirado no Apple II, era na realidade uma cópia do computador MicroProfessor II fabricado em Taiwan e parcialmente compatível com o Apple II. Os melhores programas para o TK2000 eram o Karateka e uma suite de aplicativos chamada TotalWorks.

O TK3000, por outro lado, já era totalmente compatível com o Apple original:

Eu fiquei na Microdigital por pouco mais de 4 anos, saí na mesma época em que ela começou a produzir seus primeiros PCs, com os quais eu trabalhei muito pouco. Neste período, época da reserva de mercado para informática, havia vários fabricantes no Brasil, mas tive contato apenas superficial com seus produtos, como a Unitron, Prológica, CCE, Ritas do Brasil (com um clone do Sinclair que chamava Ringo), Engebrás e outros

Um pouco antes de mudar de empresa, eu comprei um MSX da Sharp, baseado em plataforma que fazia enorme sucesso no Japão e na Europa e rodava um sistema operacional feito pela Microsoft. Tenho muitas saudades desse computador, que era muito bem produzido e com ótimos software.

Depois do HotBit, lembro que tive um notebook feito pela Canon, rodando Windows 3.1, mas não localizei, ainda, nenhuma foto do mesmo. Depois vieram os PCs montados, um desktop da Compaq, alguns notebooks, um netbook, até chegar a um MacBook White, realizando meu sonho de consumo de ter um Apple original.

eeePC 701 da Asus:

Apple MacBook White Mid 2009:

Meu MacBook White já completou 7 anos e funciona perfeitamente; fiz um upgrade de memória (para 4Gb) e troquei o HD por um SSD; a bateria original morreu recentemente e precisou ser trocada; está rodando o El Captain e me serve muito bem em casa, para tudo o que eu preciso.

Hoje estou totalmente no mundo Apple, com um MacBook Pro Retina fornecido pela empresa, iPhone 5S e iPad Air.

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