Mostrando postagens com marcador Opinião. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Opinião. Mostrar todas as postagens

3 de outubro de 2016

A certeza do atraso versus a esperança no futuro

O líder espiritual de um partido político fez, recentemente, uma comparação entre o preço de pedalinhos no formato de cisne e barquinhos de lata e o valor da casa e até da jaqueta de um certo candidato nas eleições de 2016; esse líder espiritual disse ser um absurdo as pessoas o criticarem pela compra de artigos tão baratos (em sua visão) e ao mesmo tempo escolherem um candidato rico para administrar a maior cidade do Brasil.

De um lado, uma pessoa que nunca trabalhou, que enriqueceu, ele próprio e a sua família, por meios desconhecidos; uma pessoa que esconde seu patrimônio e que vislumbra uma sociedade nivelada por baixo (o que estava conseguindo depois de 13 anos governando o país), com o maior número possível de pessoas dependendo do bolsa-família e outros benefícios sociais.

No outro lado, uma pessoa que trabalha e batalha desde criança, gerou empregos, ficou rico e tem orgulho em afirmar que tudo o que conseguiu foi devido ao seu próprio esforço; uma pessoa que afirma desejar que todos tenham as mesmas oportunidades de trabalhar e crescer na vida, dependendo apenas do seu empenho e capacidade.

Pois bem, esse candidato trabalhador venceu a eleição na maior cidade do país, desmoralizando completamente esse líder espiritual, que nem mesmo seu enteado conseguiu eleger.

A resposta da sociedade foi clara: entre a certeza do atraso e a esperança no futuro, venceu a esperança!

Continuar lendo A certeza do atraso versus a esperança no futuro

20 de abril de 2016

Todos querem nosso dinheiro - hoje, amanhã e depois.

Para as empresas, já não basta que nós compremos e paguemos por um produto ou serviço - elas querem cada vez mais; precisam de seu dinheiro hoje, amanhã, depois e depois. Faz tempo que vivemos com uma infinidade de contas a serem pagas regularmente, como água, eletricidade, TV a cabo, telefone etc; já é muita gente competindo por nosso suado dinheirinho, mas sempre há quem acredite que cabe mais uma mão no bolso.

Antes, a gente comprava uma licença de software e usava o quanto queria e até quando queria; eu ainda uso o Office 2003, que está rodando sem problemas sob Windows 10, e pretendo continuar a usá-lo até quando for suportado.

Mas a moda agora é vender programas e aplicativos como serviço, com pagamento contínuo; se parar de pagar, o aplicativo deixa de funcionar ou perde as funcionalidades mais importantes.

A menos que alguém tenha muitos recursos ($$$), simplesmente não dá para ficar pagando por tudo que aparece em nossa frente; não que eu seja totalmente contra esse modelo de cobrança, mas o ponto aqui é que temos que avaliar, considerar e selecionar o que realmente agrega valor à nossa vida em termos de produtividade, satisfação e até mesmo retorno financeiro.

Atualmente eu pago por dois serviços no modelo de assinatura: o LastPass (US$12 por ano) que realmente me ajuda muito no gerenciamento de senhas e o Office 365 Home Premium, cuja licença de 1 ano comprei numa promoção na internet (não sei se irei renovar quando vencer). Eu tinha uma conta Premium do Evernote até recentemente, mas não renovei; e hoje venceu um período de teste do Todoist Premium, que também não renovei.

Eu estava testando uma versão beta da Blogo, aplicação para gerenciamento de blogs e pensava em comprar uma licença; porém, junto ao lançamento da versão para iOS, eles mudaram seu modelo de cobrança para pagamento anual, no valor de estonteantes US$69.90 ao ano; para quem usa a aplicação pessoalmente, sem retorno financeiro, este preço está fora de cogitação (é mais caro que o Office, por exemplo). Optei por outro aplicativo, o TextNut Writer.

E, também recentemente, a Smile Software - que produz o TextExpander, mudou seu modelo de licenciamento para pagamento anual; a chiadeira foi geral a ponto de baixarem o valor da nova versão em 50% para usuários atuais e voltarem a comercializar a versão anterior, que não exige pagamento anual.

Em tempos de aperto, temos que ficar atentos para não pagar por algo que não precisamos.

Continuar lendo Todos querem nosso dinheiro - hoje, amanhã e depois.

21 de março de 2016

Quem mais odeia os sites bloqueados para não-assinantes?

O país está em ebulição, a crise política está no auge, você procura fontes confiáveis de informação, até para analisar as diversas opiniões e tentar entender o que está acontecendo - aí você bate num muro! A notícia que você quer ler está bloqueada ou o site limita o número de acessos para quem não é assinante. Então você desiste e acessa outro site. No caso estou falando do Estadão, que já é cheio de anúncios e mesmo assim limita o acesso a 15 textos por mês; apenas assinantes tem acesso liberado. Entendo que esse é o modelo de negócios escolhido pelo jornal, espero que tenham sucesso; mas que não é legal, não é. As empresas de notícia precisam desenvolver uma nova forma de gerar renda a partir de seus sites; tanto o acesso limitado (Estadão, Valor e outros) quanto o excesso de anúncios (como a Veja) incomodam muito e espantam os leitores.

Sei que há pequenos truques que acabam com a limitação de acesso e com anúncios, mas seria muito melhor não precisar usá-los e seguir numa relação de ganha-ganha entre leitores e empresas.

Continuar lendo Quem mais odeia os sites bloqueados para não-assinantes?

26 de fevereiro de 2016

MVP - que droga é essa?

Há um conceito muito comum no mundo das startups chamado de MVP - Minimum Viable Product, definido pela wikipedia como:

"Produto Viável Mínimo é a versão mais simples de um produto que pode ser lançada com uma quantidade mínima de esforço e tempo de desenvolvimento"

O meu entendimento de MVP é "colocar no mercado um produto inacabado, mal testado e cheio de problemas"; algo crú, como na imagem acima. O trabalho de testar o produto é transferido para seus usuários incautos, que o compraram e receberam algo incompleto e não totalmente funcional.

Nos últimos tempos venho testando alguns aplicativos que supostamente me ajudariam no processo de editar e atualizar meus blogs; testei o Desk PM, o Blogo e o TextNut, entre outros. E todos são cheios de bugs; alguns erros apenas irritantes e outros que realmente impedem o uso do aplicativo; os desenvolvedores até demonstram boa vontade no começo e tentam prestar um suporte razoável, mas parece que logo desistem e jogam a toalha.

No caso do Desk PM eu cheguei a comprar uma licença mas, após uma atualização, ele começou a apresentar tantos erros bobos (não conseguia incluir um simples link sem que o programa caísse, por exemplo) que eu tive que desistir do mesmo; o desenvolvedor acabou de anunciar que está com foco total em outra startup e não dará mais muita atenção para o Desk PM, ou seja, seus usuários dançaram; e, pelo que entendí, é o segundo produto com o qual esse desenvolvedor faz a mesma coisa.

Com o TextNut foi quase igual; comprei a versão do iOS e estou no período trial no Mac OSX; já perdí documentos, tive que reinstalar os aplicativos uma dúzia de vezes e, agora quando tudo parece estar funcionando - apesar de alguns bugs irritantes - percebo que faltam algumas funcionalidades básicas para este tipo de aplicativo.

Já passei por essa situação com dezenas de outros aplicativos e produtos, colocados às pressas no mercado, com péssima qualidade. Parece que está todo mundo lendo The $100 Startup, montando uma empresa sem qualquer estrutura e colocando um produto incompleto no mercado, só para levantar algum dinheiro fácil.

Resumindo, para mim e até que eu me convença do contrário, MVP é a mesma coisa que se aproveitar e enganar seus clientes, não uma forma inteligente de estruturar uma empresa sólida com usuários fieis.

Continuar lendo MVP - que droga é essa?

Será que eu sou meu?

Vejam só: o carro que eu uso é da empresa; o celular é da empresa; o notebook é da empresa; no mínimo nove horas de cada dia, nos últimos vinte e sete anos e meio foram da empresa e continuarão sendo por mais algum tempo.

O que será que sobra?

Sobra todo o resto; sobra tudo o que é meu, mesmo; e que são justamente as coisas mais importantes - meus pensamentos, minha casa, minha família, nossos planos; o carro, o celular, o notebook e as nove horas por dia da empresa servem apenas para manter todas as outras coisas e não o contrário; às vezes me esqueço disso.

Continuar lendo Será que eu sou meu?

21 de fevereiro de 2016

De zero a 30%. Qual a verdade?

As empresas querem posar de boazinhas e se mostrar preocupadas com a sustentabilidade, mas acreditam que seus consumidores são todos bobos.

Essa embalagem da Coca-Cola, por exemplo, diz que contém até 30% de material feito de cana de açúcar. Para mim, "até 30%" quer dizer de Zero a 30%, ou seja, pode não ter nada de material vindo da cana de açúcar (o que eu acho mais provável) e mesmo assim eles dirão que não estão mentindo.

Se fossem honestos, escreveriam simplesmente "Contém no mínimo x% do PET originário da planta." e ponto final.

Continuar lendo De zero a 30%. Qual a verdade?

22 de janeiro de 2016

O Brasil deve ser administrado pela Disney

A poucos dias fui assistir ao novo episódio de Star Wars e fiquei ainda mais convencido de que a solução para melhorar a situação do Brasil é sermos administrados pela Disney, como um gigante resort igual ao complexo da Disney em Orlando. Eu já tinha essa ideia depois de conhecer os parques da Disney e ficar encantado com tudo funcionando direitinho, mas agora esta ideia se transformou em certeza.

Minha proposta é simples: em 15 de outubro de 2016 o Brasil deixa de ser uma república federativa para ser uma empresa limitada e a partir desta data passa a ser administrado por um gerente-geral, um country-manager se reportando diretamente ao CEO da Disney nos Estados Unidos; ao invés de ministros, governadores, prefeitos etc teremos vice-presidentes, diretores e gerentes como em toda empresa privada.

Todo o superávite que a Disney conseguir (o dinheiro que sobrar ao final de cada ano) ficará com a Disney como seu lucro.

Além de vivermos em ambientes felizes como os parques da Disney, isso acabará com a corrupção, roubalheira e desvio de dinheiro público.

Continuar lendo O Brasil deve ser administrado pela Disney

23 de dezembro de 2015

(Não) falando sobre política

Eu bem que gostaria de escrever sobre política, num momento tão agitado em nosso país, mas achei melhor não. Hoje está todo mundo muito exaltado, qualquer coisa que se fale é mótivo de ataques pessoais e não estou disposto a ouvir e ler bobagens.

Assim, procuro guardar minhas opiniões sobre política apenas para mim. Me manifesto acompanhando, curtindo e, às vezes, comentando publicações dos comentaristas que acompanho no twitter, facebook e blogs.

Update hoje mesmo: Fiz um comentário no facebook sobre um bate-boca que houve com o Chico Buarque no Rio de Janeiro e, menos de uma hora depois, já tinha gente me ofendendo, mandando ir estudar e sair da internet. Nem me dei ao trabalho de responder; não vale a pena.

23 de dezembro de 2015

Continuar lendo (Não) falando sobre política

14 de dezembro de 2015

Diga-me com quem andas

"Diga-me com quem andas e eu te direi quem és."

São esses com quem eu ando:

E também:

De quem eu passo longe:

  • Muita gente, mas não vale a pena mencionar seus nomes.


14 de dezembro de 2015

Continuar lendo Diga-me com quem andas

19 de novembro de 2015

O Brasil é o sapo na água fervente


Até pouco tempo atrás eu tinha duas certezas em relação ao Brasil:
  1. Nós tínhamos que tirar o PT do poder e acabar com o partido.
  2. Isso iria acontecer em breve.
Mas o tempo passou e nada aconteceu; então minhas certezas mudaram:
  1. Temos que tirar o PT do poder e acabar com o partido.
  2. Isso nunca vai acontecer.
Dia após dia conhecemos mais casos de corrupção, lavagem de dinheiro, rombo cada vez mais maior nas contas do governo, serviços públicos sucateados e não fazemos nada. E por quê tenho certeza que o PT continuará para sempre no poder, destruindo o Brasil?
  1. Não temos oposição. Os que se dizem “oposição” são uns bundões que nem colaboram para tirar o PT nem assumem posições concretas e firmes contra os absurdos cometidos pelo PT no campo político, econômico e social.
  2. Todas as esferas dos governos federal, estaduais e municipais estão corrompidas e dominadas por gente ligada ao PT e que se beneficiam da total falta de controle e vergonha na cara.
  3. Os três poderes, executivo, legislativo e judiciário viraram “aparelhos” do PT, bem como todos os sindicatos, orgãos de classe, setores da imprensa e igrejas de todas as religiões.
  4. A sociedade está podre, sem valores e sem esperança. Vivemos um dia após o outro, sem perspectiva e, pior, sem expectativa de um futuro melhor.
  5. A educação pública - e parte da privada - está formando pessoas sem cérebro, que simplesmente não conseguem pensar.
Enfim, somos sapos colocados na água, ainda fria, sobre uma fogueira; já estamos anestesiados; a seguir vem a morte. Morreremos um-a-um. Só os podres sobreviverão.

Continuar lendo O Brasil é o sapo na água fervente